quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Novas páginas!

        Surgiu a iniciativa de criar mais duas páginas no nosso blogue-Caixa de Pandora e Pontos de Vista. A primeira consiste na divulgação de livros, escritores e assuntos relacionados e ficará a cargo da cronista Adoriabelle. A segunda será uma página de textos sobre determinados assuntos, cuja finalidade é refletir ou ficar a conhecer diferentes opiniões acerca de determinados temas, à escolha. Esta página ficará a cargo da Anita P.P., mas é aberta às outras cronistas que tenham textos que possam ser inseridos nestes parâmetros. Como estas páginas não podem ser comentadas, pedimos que, caso queiram fazer sugestões ou comentários a algum texto, os façam no chat ou na última publicação das respetivas cronistas, na página principal.

Cartas Perdidas

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Verónica

Ela vive dentro de mim
em sombras escondida
misteriosa é, assim
a minha amiga mais querida.


Ela esconde-se em véus
de desespero e amargura,
faz quebrar os céus
nessa doce tortura.


Ela a todos detesta 
sarcástica e cruel
Não existe bondade nesta
e no seu coração de vinagre e fel


E a sua sede de morte
eu tento conter
E a minha triste sorte
é ser eu a sofrer


Não sei de onde veio
porque me veio assombrar
mas sem este doce devaneio
não podia prosperar


E é com amor
que ela olha por mim
que me provoca a dor
que me liberta por fim


E, incrivelmente, só o seu nome sei
Um nome que nada significa, um nome que inventei
Será sempre parte minha
e nunca a conhecerei
                                                                                                                             Verónica

sábado, 25 de fevereiro de 2012

NOS BRAÇOS DE UM ANJO…



Capítulo II – E quando menos esperamos que algo nos aconteça…

- E basicamente o que passou foi isto, tal como eu te contei…
- Mas… porquê?
- Porquê o quê?!
- Explica-me, por favor, qual o motivo para, neste momento, estarmos a perder tempo com alguém que não merece nenhuma da nossa atenção?
- Não, pois, quer se dizer… - respondera Raquel, muito atrapalhada – eu apenas te descrevi aquilo que observei. Sabias que ela é perigosa? Por acaso sabias que ela já esteve presa?
- É obvio que sabia tudo isso e muito mais, aliás, na altura em que tu e o Tiago terminaram a relação, eras tu própria que fazias questão de me manter informada acerca da vida da… pobrezita. Mas, recordas-te há quanto tempo isso já foi? Tens consciência das voltas que a tua vida deu, depois desse desastroso incidente?
- Eu sei – exclamara desalentadamente, Raquel – mas, ouve-me Luísa, eu nunca mais toquei neste assunto, uma vez que nunca mais os encontrei juntos, logo pensei que ele já se tivesse deixado desses vícios, porém…
- Espera! – Interrompeu aquela que sempre fora a melhor amiga de Raquel e que por isso tinha noção de todas as ocorrências da sua vida – Eu já percebi o que se anda a passar…
- Ah?!
- Sim, tu, tu… andas a segui-lo!
- Não, não! Eu era incapaz! Desde aquela infeliz tarde em que o encontrei sentado ao lado de outra, que nunca mais lhe dirigi a palavra.
- Então como sabes que eles os dois nunca mais estiveram juntos? Eu já te conheço muito bem e não digas que não eras capaz de tal feito porque eras, não me tentes enganar!
- Ai, estou tão confusa! Eu não o segui, vi-o algumas vezes na rua enquanto caminhava, sem querer, claro, acontecia… Estas coisas acontecem…
- Pois, pois… O que foi, que cara é essa, Rquelzinha?
- Olha, tu sabes o que é que eu penso de tudo isto?
- Até tenho medo de saber…
- Oh! Eu acho que devia ajudá-lo! – Afirmara Raquel, muito determinada.
- Tu nem penses! Vais ajudar uma pessoa que só te fez sofrer, que provavelmente nunca te amou de verdade?...
- Ele está sozinho, não tem família nem muito menos amigos que o apoiem, que o ajudem a vencer as dificuldades da vida.
- Então porque não pede ajuda à sua amante querida e adorada com quem ele te traiu?
Luísa apercebera-se de que estas não foram as palavras mais indicadas:
- Oh, pronto amiga, eu agora só quero que te concentres no lindo casamento que realizar-se-á daqui a dois meses, do qual eu tenho o enorme prazer de ser a madrinha! Já viste que o dia tão desejado está quase a chegar, finalmente vais-te casar!!!
- É… - Raquel encontrava-se realmente desanimada.
- E também, nunca serias feliz à beira daquele pobretanas, enquanto que o Filipe sabe como te proporcionar a verdadeira felicidade, fundamentalmente, a nível económico. Ah pois, quando te casares nem vais precisar mais de trabalhar!
-Mas será que tudo na tua vida é dinheiro? O que é para ti viver? Estar rodeada de dinheiro? Não há valores?
- Então Raquel, controla-te! Eu… não era minha intenção dizer tal barbaridade…
- Mas disseste…
- Tens toda a razão. Desculpa-me! Agora vamos esquecer todos os problemas. Acaba de tomar o café e vamos ter com a Cláudia à nova loja que abriu, ouvi dizer que tem vestidos lindíssimos para meninas das alianças…
- Eu acho melhor ir para casa descansar um pouco.
- Raquel, nós combinamos que íamos reservar esta tarde só para atividades relacionadas com o teu casamento. Queres que desmarque tudo, assim, à última da hora?!
- Sim! – Asseverou Raquel, muito convicta de si mesma.
- Não posso!
- Então arranja maneira de puderes!
Sem dúvida, as palavras de Raquel para aquela que sempre a amparara nos obstáculos da sua vida, tinham sido duras e agressivas e Raquel apercebera-se disso no instante em que olhara em seu redor e verificara o cenário que criara. Todos os clientes do café a visualizavam, estupefactos, uns um pouco aturdidos, outros preocupados mas sem coragem suficiente para interrogar sobre o que se acabara de suceder, e havia até quem fizesse troça e, comparando aquele momento a uma peça de teatro, ansiavam por descobrir o final daquele trama. Mas mesmo assim, nada fazia com que Raquel se arrependesse, porém, a vergonha superara toda a fúria e, exaltada, segurou na sua mala e abandonou aquele local, deixando para trás um pedido de espera de Luísa.
- Não tenho paciência para estas situações – murmurou para com os seus botões.
Entrou no seu novo carro, oferecido pelo seu futuro noivo e, sem olhar a meios, conduziu como nunca conduzira até então. Dentro da sua cabeça surgiam diversos pensamentos, no entanto, todos eles se interligavam num único ponto: o Tiago. Já se passara um ano desde o momento que arrasara Raquel mas, incompreensivelmente, esta nunca o esquecera e, ao contrário da imagem que tentara passar perante os outros, o seu amor por Tiago ia aumentando mais e mais. Ele desempenhava um marco importantíssimo na sua vida, era como um anjo, que nunca poderia ser simplesmente apagado, ou talvez podia mas, estranhamente, Raquel não o queria e sofria em segredo, no entanto para ela essa fase estava terminada! Raquel estava disposta a perdoar Tiago e reviver os bons tempos do passado, nem que para isso tivesse de desmarcar o casamento a que fora praticamente forçada e assim recomeçar uma nova etapa na sua vida.
Determinada, a rapariga, enquanto conduzia, segurou no seu telemóvel. Marcou o número de Tiago, com a intenção de que este o atendesse e que desta forma resolvessem todos os problemas existentes entre o ex casal. Porém, por algum motivo, este não o atendera e ela não desistia, esperançada por um futuro carregado de otimas novidades. Raquel estava abstraída do mundo à sua volta, apenas se focava naquele que, na sua opinião, era o único fator que alguma vez lhe tinha dado motivos para viver, até que ouviu um estrondo:
- OUTRA VEZ NÃO!
 Atarantada, saiu do carro o mais depressa que pode. Dezenas de buzinadelas surgiam de condutores impacientes. No chão, encontrava-se o corpo de um homem. Raquel aproximou-se do sujeito e, em pânico, sem saber o que fazer, apenas gritava:
- O senhor está bem? O senhor está bem? Consegue-me ouvir? Diga alguma coisa, por favor!
O jovem fez um esforço e deu meia volta, posicionando-se com a cabeça para cima. Raquel não queria acreditar no que os seus olhos contemplavam:
- Tiago?! Oh…

                                                                                                                                                    Sunshine

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Um pedido de desculpas


Caros Leitores, algumas das cronicas não tem publicado os seus textos, pois a sua situação pessoal no momento não é a melhor. Pedimos imensas desculpas e pedimos ainda que compreendam. No entanto, assim que tudo estiver favorável, voltaremos a postar textos com muita frequencia.
 Desculpem...



Lola Rosseu

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Ódio
















Sentimento estranho este,
Que corrompe a mente
E destrói a máquina da vida,
Sem deixar chaga para curar.

Distorce o pensamento
E pinta de preto tudo
O que de bom e feliz
Encontra pelo caminho.

Provoca desastres
E faz mudar o mundo
Com o poder divino
De algo que se sente.

Quem inventou, então,
Tão forte poder
Que consegue derrubar
Até a própria natureza?

Talvez as lágrimas que vejo
Sejam não espelho de Ódio,
Mas sim de esperança e fé
De que o Amor vença a guerra.

Porque quem inventou o Ódio,
Inventou também,
Em perfeito equilíbrio,
O outro lado da moeda,

Na esperança de que, um dia,
Se fundam e governem
Com os sonhos de um
E a realidade do outro.


Anita P.P.

Nova iniciativa!

Como diz o outro: não há duas sem três, mas nós dizemos: não há uma sem duas. Por isso mesmo apresentamos outra iniciativa para os nossos leitores.
O blog decidiu a pedido de uma leitora, começar a escrever poesia! O que acham? Interessante, não?
Deste modo, iremos ter, já a seguir, o primeiro poema e quem escreveu foi a nossa cronista AnitaP. P..
Não percam!

Cartas Perdidas